terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Detetor de Chaves


Telefone da minha mãe aflitíssima:

- Ai filha, saí um instante e agora que cheguei não encontro a chave. Devo tê-la deixado na porta e agora alguém a tirou. Até tenho medo de dizer ao teu pai. Vamos ter que substituir as fechaduras!

- Calma mãe. Não comece já a pensar no pior e procure mais um bocadinho.

- Já procurei tudo. Já virei a casa do avesso duas vezes! Não sei onde procurar mais!

- Procure outra vez até encontrar. Veja novamente nos bolsos.

(curto silêncio)

- Tu és uma santa! Estavam mesmo no bolso do casaco. Como é que sabias?!

Desatamos as duas às gargalhadas.


8 comentários:

  1. Respostas
    1. Não sei se já existe mas uns porta-chaves com localizador davam um jeitão :)

      Eliminar
  2. Melhor que essa das chaves, é estar à procura dos óculos e estar com eles na cabeça...!

    Krystel » Comme tout se mêle (Com um passatempo a decorrer de produtos da Maybelline !)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Como não vejo nada sem óculos nunca os ponho na cabeça. Mas já me aconteceu depois do banho estar a apalpar a casa-de-banho à procura deles. Lol.

      Eliminar
  3. Respostas
    1. É o primeiro sítio que procuro. Sei que a mala e os bolsos são poços sem fundo. Ahahaha.

      Eliminar
  4. Confesso que sinto alguma estranheza quando, num diálogo entre progenitor e filho, este último utiliza o pronome de tratamento você (subentendido) para se dirigir ao primeiro. Não sei, parece-me tão formal, tão... pouco familiar. Anyway, não quero com isto criticar costumes dialectais nem práticas educativas.

    Relativamente ao assunto do texto, que atire a primeira pedra quem nunca "perdeu" um qualquer objecto no lugar mais óbvio.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É a forma que fui educada e que ainda permanece. Não me parece que haja distanciamento mas sim respeito. São diferentes formas de ver a mesma situação.
      Mais estranho me parece os pais a tratar os filhos por você. Talvez por não estar habituada.
      Sei que parece um paradoxo mas são as entranhas da (minha) educação.

      Eliminar

Junta-te à conversa!