quinta-feira, 20 de maio de 2010

Amar para todo o sempre



Houve uma altura em que me apercebi que havia pessoas que eu gostava muito que acabavam por desaparecer da minha vida. Sumiam-se devido a um ponto de viragem nas vidas delas que tiveram que se distanciar espacialmente, emocionalmente.
Apercebi-me que se não me tornasse tão próxima de pessoas que me pudessem dizer adeus e nunca mais olá tudo seria mais fácil e o duro sofrimento não me tornaria a visitar.
Distanciei-me, tornei-me menos eu e simplesmente uma pessoa com quem podiam falar mas não mostrava muita intimidade. Quando era a minha vez não continuava com o meu lado pessoal e dizia o que qualquer pessoa e senso comum acreditavam. Acho que me tornei mais fria.
Mas a amargura não desapareceu. Em vez do sentimento de perda de alguém sentia que me estava a perder a mim. Não era aquela pessoa sorridente que as pessoas conheciam.
O distanciamento só me veio provar que independentemente de as pessoas terem que deixar de fazer parte da minha vida eu continuava a gostar e lembrar-me delas, mesmo sem falarmos, mesmo só pelas óptimas recordações.
Arrisquei mais e deixei-me soltar. Sem medos, sem preocupações. E agora deixo-me levar. Independentemente do que possa acontecer um dia porque há momentos que valem a pena por si só, sem pensar no futuro. Mas também há momentos que por mais que tenhamos gostado de alguém a temos que a deixar ir. Porque sabemos que o que virá somente irá desvanecer o bom que foi. Faz sentido que assim seja.
Quero que as pessoas que façam parte da minha vida o façam eternamente. Se houver uma vida futura quero que elas permaneçam. Mas, às vezes, há pessoas que tanto surgem como desaparecem num suspiro e nos deixam sem fôlego para todo o sempre. Estas também permanecerão connosco indelevelmente.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Junta-te à conversa!