Há exactamente um ano atrás fomos às compras. A I. tinha martelinhos no carro.
Decorámos a sala da mini-S. com luzinhas, balões e não faltou o manjerico.
As meninas trataram da salada (a habitual com os cherry) e os homens do churrasco. O F. exercitou o braço direito. Tentou trocar mas não dava jeito. Mesmo assim não queria ajuda. As acendalhas ainda estão na dispensa. Fomos chamadas à varanda porque a vizinha do prédio enfrente estava a lavar a sua varanda fervorosa e intermitentemente. Foi piada a noite toda.
A sangria levou martini porque já não havia vodka.
A chouriça estava óptima, a alheira também mas a broa fazia com que tudo combinasse. As febras eram enormes e acabaram por sobrar para o dia seguinte.
Enquanto nos empanturrámos fizemos planos para sair. Não o chegamos a fazer.
Não me lembro da sobremesa mas aposto que não faltou o struddel (o F. não o dispensa por nada) e o pão-de-ló maravilhoso da A.
O I. deixou-nos a meio da noite para ir ver o fogo de artificio com os seus (outros) amigos. Era o seu primeiro S. João no Porto. Nós vimos o fogo pela televisão enquanto comentávamos a evolução da Ana Malhoa.
Acabamos no mini-sofá branco, todas encima das outras. O abat-jour do sexy hot acabou na cabeça da I. e tirámos fotos. E pudemos fazer barulho sem medo do vizinho de baixo porque afinal a noite é de folia.
Descemos e lançámos balões de S. João dos chineses. Mas foram até à Venezuela, Caracas. Os vizinhos malucos do 5º duvidaram mas nós não. Voámos todos um bocadinho naquela noite juntamente com imensos pontos brilhantes no céu.
Esta noite não vou voar tão alto porque não os tenho por perto. Mas o sorriso mantém-se porque há coisas que não se tiram.
Um óptimo S. João.