segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Síndrome dos 20 e poucos anos



Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Dá-se conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc. E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são ‘tão divertidas’, às vezes até te incomodam.

Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto e te achou o maior infantil, pôde lhe fazer tanto mal. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!

Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
 
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.

De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.


O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça…


Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…
Então, amanha teremos 30. Assim tão rápido.

Autor desconhecido, daqui
 

domingo, 26 de agosto de 2012

Problema de Expressão



Quando as palavras são parcas.
Quando simplesmente falta a coragem.
Quando se pensa que está tudo dito.




sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Apart



Estive com um casal recentemente divorciado a tratar de algumas burocracias.

Apesar de ser tudo muito civilizado meteu-me confusão a frieza com que se tratavam. Era tudo demasiado forçado, numa cordialidade constrangida: a indecisão do cumprimento, as conversas triviais sobre o dia-a-dia do filho pequeno, os silêncios sufocados...

É estranho que a partilha de uma vida, mesmo que por relativo pouco tempo, se transforme rapidamente numa relação tão impessoal, rotineira, numa perspectiva social igual a todos os outros que encontramos no nosso quotidiano.

Mesmo não os conhecendo conseguia sentir a mágoa.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cuidados


As séries de médicos tornam-se especialmente inquietantes quando alguém que nos é próximo está no hospital.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Na Meteorologia e na Vida


"Depois da tempestade vem a bonança".

Que as gotas só sirvam para fortalecer.
 
Espero pelo sol outra vez.

sábado, 18 de agosto de 2012

Crónicas de uma (recente) Aparelhada


Além de algumas palavras soarem ao ruídos que as serpentes fazem quando estão prestes a atacar também não consigo assobiar. Descobri ontem quanto, no carro, tentava cantar esta música

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Santinho


Enquanto estive fora a minha mãe aproveitou para limpar o meu quarto.

É sempre assim. Mesmo que lhe diga para não o fazer, não importa. Acontece sempre o mesmo.

Como não nos teve por perto (a mim e ao mano) por algum tempo acho que agora tenta "compensar" mimando-nos em tudo o que pode. É mãe!

Já aprendeu que não pode tirar nada do lugar e já não me chateio tanto. 

Desta vez não foi diferente, não arrumou nada, mas apareceu-me na estante mesmo à frente quando estou na secretária, um Santo António. Adoro o santinho, fui eu que o comprei mas estava noutra divisão. Agora tenho um a olhar para mim e outro a proteger-me as costas.

Será uma indireta de alguém desesperada a pedir genro? 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Concretização



Há dias que desanimamos no emprego.

Há dias que caímos na desconfiança se fizemos a escolha certa, se somos realmente talhados para a nossa escolha.

Há dias que nos dá um prazer enorme fazer aquilo que mais gostamos. E que jamais poderíamos fazer outra coisa.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Não Combinam



Saltos assim e calçada portuguesa. Nem paralelos.

Além de se estragarem rapidamente ainda temos que fazer um esforço no equilíbrio.

Mesmo que estejamos habituadas é sempre uma aventura.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Empertigados



A mania da superioridade é tanta vez confundida com insegurança.

Tantas pessoas que arrebitam o nariz com ar de autoridade mas na realidade só o fazem porque se sentem menos importantes.

Mesmo assim, deixem-se disso! Sejam autênticos!

sábado, 4 de agosto de 2012

Outros


É bom saber que contribuímos para a felicidade dos outros, mesmo em pequenas insignificâncias.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Cheguei



E estou quase de partida novamente. (Desta vez vou ver se consigo agendar posts e ir-vos mantendo actualizados).

A viagem ao Continente foi maravilhosa, não previa de outra forma.

Em Lisboa estive pouquinho tempo mas reencontrei a M. e toda a família que me acolhem sempre tão bem e me fazem sentir em casa. Com tanto calor as palavras de ordem foram gelado e limonada numa esplanada descoberta que passou a ser uma das minhas preferidas. 
Claro que a animação começou já em Lisboa com o reencontro das meninas todas e pareceu que nada se tinha alterado.

A sensação prolongou-se até ao Porto numa viagem que não dei passar pela conversa com a A. que tão querida acompanhou-me. Tentámos por em dia todos os assuntos mas o certo é que esses não se esgotaram e ainda tivemos imenso para falar durante o resto dos dias. Dias esses nada encalorados como na capital. Mesmo assim com direito a gelado.

Dias esses passados tão bem em companhias tão agradáveis, passeios amenos e sempre com a sensação que não tinha ido a lado nenhum nesses dois anos e continuava com o meu quotidiano de faculdade, de amizades, de compromissos.

A viagem rematou com o casamento que foi simplesmente o mais divertido e bonito de sempre.

Na igreja a lágrima quase que caía e estragava a maquilhagem (da marquesa) mas com o padre atrevido os sorrisos substituíram-nas bem como a alegria da festa, de todos, e dos noivos lindos lindos lindos.

As despedidas é que estragam tudo. Fazem-me distanciar, não aproveitar até ao último momento na antecipação da partida tão dolorosa. Mas inevitável. Mesmo que tirada a ferros em atrasos de aviões que teimam em não partir e prolongar a minha estadia.

Será um “até breve” curto meninas, prometo!