Estive com um casal recentemente
divorciado a tratar de algumas burocracias.
Apesar de ser tudo muito
civilizado meteu-me confusão a frieza com que se tratavam. Era tudo demasiado forçado, numa cordialidade constrangida: a indecisão do cumprimento, as conversas triviais sobre o dia-a-dia do filho pequeno, os silêncios sufocados...
É estranho que a partilha de
uma vida, mesmo que por relativo pouco tempo, se transforme rapidamente numa
relação tão impessoal, rotineira, numa perspectiva social igual a todos os
outros que encontramos no nosso quotidiano.
Mesmo não os conhecendo conseguia
sentir a mágoa.
É por isso que não percebo esta nova moda das festas de divórcio; não há nada a festejar! Mesmo quando o divórcio é o mais desejado e a reconquista da liberdade o bem mais precioso.
ResponderEliminarÉ tempo de "lamber as feridas", "fazer o luto"...
O luto é muito importante, faz parte da recuperação. E mesmo que as coisas até tenham corrido sem desavenças de maior o certo é que amámos aquela pessoa, dedicámo-nos àquela relação que falhou e sobretudo temos que nos recuperar.
EliminarBem-vinda :) Gostei muito dos comentários*