sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Apart



Estive com um casal recentemente divorciado a tratar de algumas burocracias.

Apesar de ser tudo muito civilizado meteu-me confusão a frieza com que se tratavam. Era tudo demasiado forçado, numa cordialidade constrangida: a indecisão do cumprimento, as conversas triviais sobre o dia-a-dia do filho pequeno, os silêncios sufocados...

É estranho que a partilha de uma vida, mesmo que por relativo pouco tempo, se transforme rapidamente numa relação tão impessoal, rotineira, numa perspectiva social igual a todos os outros que encontramos no nosso quotidiano.

Mesmo não os conhecendo conseguia sentir a mágoa.

2 comentários:

  1. É por isso que não percebo esta nova moda das festas de divórcio; não há nada a festejar! Mesmo quando o divórcio é o mais desejado e a reconquista da liberdade o bem mais precioso.
    É tempo de "lamber as feridas", "fazer o luto"...

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    1. O luto é muito importante, faz parte da recuperação. E mesmo que as coisas até tenham corrido sem desavenças de maior o certo é que amámos aquela pessoa, dedicámo-nos àquela relação que falhou e sobretudo temos que nos recuperar.

      Bem-vinda :) Gostei muito dos comentários*

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