sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Na loja do chinês


Não sou de regatear preços.

Lembro-me na época de Natal que ia com a minha mãe e madrinha às compras no comércio tradicional, lojas pequenas normalmente onde os donos atendiam ou os empregados já eram da casa e tinham autorização, e havia sempre a pergunta sobre o desconto. Ficava com vergonha que elas perguntassem e tentassem baixar.

Com o surgimento das grandes superfícies comerciais e preços marcados o hábito perdeu-se.

Até mesmo nos mercados o máximo que me pode acontecer são pequenos arredondamentos.

Hoje tentei regatear com um chinês. Uma caixa de arrumação de 9,90€. Era a última e estava algo danificada e suja. Para o fim que lhe queria dar não era nada que uma limpeza e arejamento (esse tinha que ser sempre que o cheiro das lojas do chinês é característico) não funcionassem. Não é que ele só me fazia por 8€?! Nãaaa! Só compro se for 5€. Ele ficou super ofendido e ainda refilou em chinês. Saí e só pensava que se ele fosse turco ou marroquino ainda podia vir atrás de mim pela rua a dizer para levar a caixa.

Mas não aconteceu. Daqui a uns tempos vou lá voltar e vou-me rir se a caixa ainda lá estiver. Se a conseguir encontrar porque é tarefa difícil encontrar o que quer que seja por aqueles dois andares de caixas e caixotes e prateleiras e cestos, numa (des)organização caótica.


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