As mudanças acontecem até num ato impulsivo.
Tinha os CV impressos encima da secretária. Era a data limite para enviar pelo correio para algo que não queria mas sempre era melhor do que tinha.
A mãe quer sair e eu sei que fica a caminho daquele lugar que sempre ansiei, sempre duvidei conseguir.
Pego nas folhas de papel e saio com elas. Quase sem pensar. Lá, apresento-me e fazem-me perguntas, sem expetativas, na possibilidade de um projeto que se avizinha. Agora não. Só uma semana para experimentar.
Fui. Aproveitei ao máximo. Dei o meu máximo. E no último dia, já com muitos a disfrutar o final de tarde de sexta-feira, chamaram-me. O que queria fazer? Como me sentia?
Com um sorriso largo exprimi o meu extremo agrado, a minha felicidade de somente ali estar. Tinha superado todas as minhas ideias.
Querem que fique. Não para um projeto futuro. Já!
Exultei, tremi.
Tive que regressar para o lugar onde estou para finalizar o ciclo. Terminar o inacabado, dar tempo para a organização de todos.
Afinal as coisas boas acontecem.