segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Muros




Há uns tempos comparavam-me a Alcatraz. “Não deixas ninguém entrar, ergues muros impossíveis de transpor. Dificultas muito a vida quando não devias porque no fim a solidão não é boa para ninguém”
Custou-me ouvir. Acabei por concordar que não sou propriamente fácil de abordar mas nunca tinha pensado que as barreiras para chegar até mim eram assim tão profundas.  
Hoje a frase mudou. Não veio da mesma pessoa mas mostrou outra perspectiva. “Deixas a janela entreaberta. Quem quiser tem que espreitar e abrir.”
Talvez a primeira tenha contribuído para que algo mudasse. Talvez já tenha começado a destruir um pouco as muralhas. Talvez, algum dia, já não restem ruínas à minha volta. Porque venci-as ou alguém as transpôs.

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