Fomos convidados para voltar a cena.
A mesma peça, que já sabemos o texto de todos, de trás para a frente.
A que já não podemos ouvir falar.
A primeira. A que nos uniu e nos fez tornar amigos. A que nos divertimos sempre tanto.
Dados os impedimentos físicos, geográficos, temporais e outros que se adivinham haverá um ensaio. Certo certo só mesmo um.
Falta um mês. O mesmo mês que faltava quando nos decidimos novamente. Mas estamos longe. Eu estou longe.
Comecei ontem. O texto continua na ponta da língua. Falta o mais importante: linguagem corporal e as coreografias que serão a última coisa. O que sempre nos dá mais trabalho ficará para o fim.
E tantos outros pormenores, faltam.
Mas no final a alegria não falta.
Podia dizer que os aplausos compensam. Em parte é verdade mas nada compensa o tempo de diversão que temos sempre. Que nos preenche aquelas horas e se prolongam desde o nervoso miudinho aos disparates que fazemos desde que começámos, quando éramos uns miúdos tímidos e constrangidos.
É destes momentos que sinto falta por cá. Porque recordo com carinho o que fiz e o que poderia fazer, ao pé de vocês. Porque convosco sou feliz.
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