Esta semana foi uma verdadeira montanha-russa emocional. Apesar de me parecer que continuo num carrossel que não pára mas volta ao mesmo sítio, estanque, sem outro destino.
Chorei como já não o fazia. Soluçando sozinha, na almofada. Com a minha mãe com quem só desabo quando já não aguento mais.
Enraiveci. Talvez porque apesar de tantas vezes o ter feito há quem ainda me continue a desiludir.
Surpreenderam-me com a sua generosidade. Sou cínica e continuo à espera da contrapartida.
As oportunidades surgiram apressadamente mas depressa, pensadas, desvaneceram-se.
Fizeram-me sentir útil. Tiveram palavras simpáticas.
Voltei a sentir necessidade de rezar. Do nada, dei por mim a proferir orações, palavras memorizadas há anos que algures deixaram de fazer sentido.
O corpo começou a ressentir-se dos pesadelos.
Senti-me mal por me sentir pessimamente.
Descomprimi, deixei-me levar.
Todas as emoções foram largamente amplificadas.
Pouco verbalizei. Guardei muito para mim.
Voltei a ter esperança embora o desenrolar possa ainda não acontecer.
A sensação de rodar na chávena, no carrossel, já não é assim tão agradável como quando era uma miúda despreocupada e inclinava a cabeça para trás, sentindo o vento.