“Não se abandona uma pessoa que se ama.”
Nunca. Nem que ela peça, grite, implore para a deixarmos sozinha. Nem que não falemos, estejamos quietos. Só ali, com ela. Que ela saiba que estaremos sempre.
Se a amamos, ficamos.
Mesmo que ela não nos ame? Sim.
Mesmo que não mereça? Sim.
Se a amamos sim.
Sobre esta generalização, respeito a tua opinião, mas não posso concordar com ela.
ResponderEliminarOs casos de violência doméstica são um exemplo onde é errado ter este tipo de pensamento, esta vontade em permanecer ao lado de alguém cujo sentimento de afecto é claramente não correspondido.
Por mais forte que seja o amor que sentimos por outra pessoa, o amor por nós próprios tem de ser superior.
Isso às vezes não se verifica pois existe uma certa resignação por parte da vítima, talvez por pensar que as coisas possam mudar no futuro ou então por não ter força de vontade para se impor.
De qualquer maneira, a dedicação e entrega a outra pessoa é um acto notável mas acho que tem os seus limites; não concordo que tenham de ser permanentes.
Esta situação refere-se a um momento bastante doloroso e específico, não relacionado com violência doméstica.
EliminarAgora que o reli e vi o teu comentário, concordo inteiramente contigo. Agora. Na altura a generalização fazia sentido.
O amor próprio é tão importante, mesmo a relacionar-nos com os outros.
O amor incondicional só faz sentido quando também é recíproco mesmo que essa reciprocidade não seja demonstrada da mesma forma.
Quis-me parecer que o que escreveste era um retrato de uma experiência pessoal. Não foi minha intenção transmitir a ideia de que pudesse existir uma ligação entre esse e o exemplo que dei. Eu referi o caso da violência doméstica para contrariar a ideia defendida no texto, mas poderia ter arranjado outros argumentos mais ou menos comuns.
EliminarAcerca do teu último parágrafo, estou completamente de acordo.