“Daqui a um ano, se continuarmos sem ninguém, tentamos nós.”
Sempre que oiço algo semelhante penso se seria capaz.
Pressupondo que se tratam de amigos, as amizades que “evoluem” podem ser perigosas. As coisas podem nunca voltar a ser as mesmas e não necessariamente acabarem melhor. É certo que nunca saberemos enquanto não experimentarmos mas é inevitável pensar que não queremos nunca perder o que temos com alguém que é tão importante para nós. Tornarmo-nos namorados de ex-amigos é mais doloroso e comum do que ser-mos amigos de ex-namorados. Valerá a pena sacrificar um pequeno amor por grande amizade?
E se afinal aquela pessoa sempre lá esteve porque é que nunca aconteceu? Teremos que impingir ao destino para que ele se sentenceie e decida a favor daquilo que nem nós temos a certeza, de que duvidamos?
Outra questão importante é darmos um limite a nós próprios para “encontrar o príncipe”. Com isso, deixa logo de haver um curso natural das coisas, com o seu tempo próprio, sem pressões nem pressas.
A palavra resignação não me sai da cabeça. Estaremos a acomodarmo-nos quando deixamos ou simplesmente desistimos de procurar? Estaremos a contentarmo-nos perante o desalento ou tudo se resume somente à coragem de querer arriscar?
Mais um texto interessante que nos faz reflectir. Na minha opinião, acho que é preferível manter uma satisfatória e duradoura amizade em vez de tentar procurar algo mais numa pessoa em quem nunca descobrimos determinadas características que nos fizessem avançar para ela mais cedo.
ResponderEliminarTalvez a excepção ocorra na eminência de um afastamento, devido às adversidades da vida. Nesse caso, talvez fazer evoluir a relação para outro nível seja a solução para evitar uma eventual distância. Não quer dizer que seja a opção mais correcta mas como referiste, "nunca saberemos enquanto não experimentarmos".
Cada vez mais acho que devemos estar atentos aos sinais da vida e não forçar algo que deve vir tão naturalmente.
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