sábado, 5 de fevereiro de 2011

Perdão



Perdoar uma traição torna-se mais fácil quanto mais longo é o relacionamento?
Perdoar um marido é mais fácil do que um namorado?
A duração da relação e os compromissos associados levam a maior tolerância ou, pelo contrário, as promessas são levadas mais a sério? As lutas são mais aguerridas nos casamentos porque “há mais a perder”?

2 comentários:

  1. Se para uns, a duração de uma relação serve para aumentar o sentimento de afecto, para outros só faz com que os defeitos se sobreponham às qualidades.

    Quando se tem uma relação duradoura, é mais difícil analisar as coisas com objectividade, depois de se ter investido tanto. Nessas situações, deve-se ser mais tolerante e não esquecer todo o passado que foi construído em conjunto.

    Não querendo ser sexista, e estando consciente que estou a ser falacioso ao generalizar as coisas, mas a experiência que tenho (boa ou má) diz-me que as mulheres estão muito menos predispostas a comunicar nos maus momentos do que os homens. E quando existe uma falha na comunicação, tudo se torna mais complicado. Desnecessariamente.

    Ficam chateadas, perdem a vontade de ouvir e, por vezes, respondem de modo agressivo e/ou insultuoso. Pior que isso é ficarem "de trombas" depois de uma discussão e na maioria das vezes ter de ser o homem a tomar a iniciativa para remediar os acontecimentos, independentemente de quem quer que fosse que estivesse do lado da razão.

    Bom, mas respondendo à questão principal.

    À partida, penso que seria capaz de perdoar uma traição se estivesse comprometido com alguém há já bastante tempo. No entanto, exigiria sempre algo, fosse quem fosse a parceira: teria de ser ela a revelar-me que cometera tal acto. Se descobrisse por outra pessoa, não a conseguiria perdoar.

    No caso de a traição ocorrer no início de um relacionamento, acho que cortaria o mal pela raiz e seguiria cada um o seu caminho.

    Não obstante, em qualquer situação, estaria sempre consciente de que por mais forte que seja o sentimento que nutrimos por outra pessoa, seja um bom amigo ou uma namorada, o amor por nós próprios tem de ser sempre superior.

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    1. Trata-se de uma questão crítica que só quando nos vemos na situação conseguimos ponderar (ou não) sobre a resolução a tomar.

      Concordo com as tuas palavras. Certamente o amor próprio do eu sobrepõe-se ao nós apesar de um grande investimento pessoal a longo prazo numa relação.

      Ainda relativamente a traições faz-me confusão aqueles que sabem da traição do(a) parceiro(a) e agem naturalmente.

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