Estamos formatadas para os contos de fadas.
E eles são a excepção. Chamem-me descrente.
Esquecemo-nos logo da primeira frase: “era uma vez…”, não está sempre a acontecer, só uma vez é que aconteceu.
Esquecemo-nos que há madrastas e irmãs más. E colegas, e conhecidos maus. E estes muitas vezes ganham.
As fadas atrasam-se, perdem-se, estão surdas pelos headphones e música alta e por mais que gritemos os nossos desejos elas não nos ouvem.
As abóboras são só mesmo para a sopa com pouca batata por causa da linha.
Os sapatos na maioria das vezes não são Louboutin e magoam-nos, estão tão apertados que não se perdem nas escadas.
O príncipe não nos procura. O único cavalo branco que pode ter é num de Ford ou Volkswagen que parte logo que o semáforo fica verde.
Os bailes não servem para conhecer ninguém, só para reparar nos vestidos e penteados pavoneantes e no fato Boss alugado.
E “foram felizes para sempre” dura enquanto não nos fartamos. O sempre passa de infinito para imediato.
O certo é que lá no fundo acreditamos que será tudo como as histórias que nos ensinaram em pequeninas…
Amei, amei, amei. Éste é que é deveras o melhor texto teu!
ResponderEliminarcada vez estou mais descrente nas relações, a minha já teve melhores dias, enfim... :/ concordo com o que dizes*
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