segunda-feira, 19 de abril de 2010

Autenticidade



Antes tinha que pensar numa resposta quando questionada sobre mim, sobre os meus gostos. Pensava que era isso que ia fazer com a pessoa me achasse interessante, gostasse de mim.
O mau é que as respostas podiam variar dependendo de quem perguntava. Muitas vezes omitia (acho que nunca menti).
E isso era relativo a coisas muito simples como gostos musicais, literários…
Agora ando a ler um livro de uma escritora que em tempos recusei porque um amigo me tinha dito que este tipo de leituras light não faz bem à sociedade, aos pensamentos das pessoas tornando-as como cavalos amestrados que andam todos na mesma sintonia. Este amigo desiludiu-me. Na mesma altura fui à estante e no meio de muitos livros por ler peguei neste.
Já tinha lido outro dela. Não me tinha convencido totalmente. Este vai na mesma linha mas não desgosto de todo. Nesta fase da minha vida estou disponível para este género, se calhar noutra não conseguia acabar. Já cheguei a pegar em livros que adorei e não me saber ao mesmo, desiludirem-me até.
Basta um livro arrancar-me um sorriso (lágrimas é extremamente difícil) e já valeu a pena. Este, no meio de frases lidas a correr sem grande paciência para pensamentos profundos, ainda sorri umas vezes.
Voltando ao inicio, se me perguntarem se leio livros de escritoras da moda não hesito e digo “sim”. Se me perguntarem se gosto de música pop daquela que os teenagers gostam respondo “há algumas que gosto bastante”. Se perguntarem se vejo as novelas da TVI digo “há umas que valem a pena”... E não tenho vergonha. Assumo as minhas escolhas mesmo que não pareça intelectual o suficiente.

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