sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Encontros



Hoje encontrei um antigo colega de escola. Ele foi namorado de uma (antiga) amiga mas nunca conversamos muito. Éramos simplesmente cordiais. Ele era muito simpático e eu tentava porque a timidez muitas vezes não deixava.
Fugazmente cumprimentamo-nos: sorrimos e dissemos olá.
Ele está exactamente na mesma. Impossível não reconhecê-lo.
Por acaso já me havia lembrado dele há uns tempos. Morámos muito perto num local onde toda a gente se conhece e numa altura ou noutra pensamos no que será feito de algumas pessoas. Principalmente porque os casamentos agora são uma constante, (in)conscientemente gostamos de saber o que fazem, em quem se tornaram quem passou por nós. Principalmente, se era previsível no tempo em que nos conhecemos, se dava para perceber enquanto miúdos no que nos transformaríamos em adultos.
Continuo a não saber nada dele mas pareceu-me bem.
O que mais me marcou foi que ele se lembrou de mim e exteriorizou isso. Ele que nunca me foi muito próximo. E tem-me acontecido encontrar pessoas com quem me dei muito bem, convivi muito, que fazem questão de não cumprimentar, de mudar de passeio, ou de fazer um sorriso amarelo. Pessoas que (me) esqueceram facilmente.
Talvez seja por isso que agora sou mais “selectiva” (não é bem esta a palavra) nas pessoas que me rodeiam. Porque não sinto a necessidade de agradar, porque valorizo mais o futuro e não o presente. Porque não quero pessoas no agora e que depois desaparecem. E muitas já desapareceram. Creio que é crescimento, evolução, muitas vezes necessidades ou até imposições. Se bem que aprendi muito com os desaparecidos e estes vão continuar a ter, pelo menos da minha parte, um sorriso. Não a fugir, muito menos de imposição ou prepotência. Simplesmente porque já me fizeram sorrir em alguma altura e eu raramente me esqueço.

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