segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A minha casa tem tantas janelas



Este mês desapareci.

Espreitei por tantas janelas que me perdi no horizonte.

Quando queria voltar à minha janelinha, a esta, eram tantas as coisas que precisavam de ser contadas que me arrepiava, preguiçava e desistia. Porque todas me faziam vislumbrar um mundo diferente, tão bom, tão rico de amigos, de risos… Porque queria contar todos os pormenores, com toda a intensidade que os vivi. Resolvi ir aos detalhes mais tarde, por fases, tal como eu.

Comecemos pelo início. A janela lisboeta. Perdi-me por ruelas, sons, cheiros e calores. Tão intenso como vertiginoso (literalmente!). Reencontrei pessoas tal e qual como as lembrava. Aquelas que estão sempre lá, sempre aqui comigo.

A janela aniversariante. O meu. Deste meu cantinho. Da mamã, e de tantos mais familiares que fazem anos no Outono (haverá melhor altura?).

Depois a janela laboradeira. Como é habitual. Mau tempo que deixa a incógnita se conseguirei chegar ao destino, voar sem limitações. As complicações rotineiras.

A janela teatral veio-se intrometendo. Os ensaios toscos, os risos descontrolados, os olhares comprometedores. A estreia foi um sucesso e deixou o bichinho a moer, a carpintar, a conspirar para uma próxima.

Aos que cá vieram espreitar, voltei. Demorei mas já cá estou. Desculpem a demora.

3 comentários:

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