Acordo mas mantenho os olhos fechados. Silêncio profundo. Sei que é sábado.
Com a frequente mudança de locais tenho que pensar onde estou.
Tenho a certeza que estou na minha cama, no meu quarto.
Sei que lençóis me aninham, o que tenho na mesinha, onde está o interruptor do candeeiro. Sei a localização da janela, o tecido das cortinas.
Programo o dia, que roupa vestir, com quem estar.
Convicta que vai ser um dia bom finalmente abro os olhos.
Estava enganada na localização. No espaço.
À medida que me levanto vou alterando tudo mentalmente.
E quando abro a porta do quarto olho para a vista.
Parece que estou presa numa fotografia. Nada se move, o mar está tão calmo, sem ondas. Quase que não consigo definir a linha do horizonte com a neblina. Não há vento.
E o único que me desperta é um pássaro que vem poisar no cimo do pinheiro. Hoje não foi o sino mas não tardou em ele se manifestar, em conduzir as horas das vidas. A minha também.
Perfetto.
ResponderEliminarGrazie!
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